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Registro Completo |
Biblioteca(s): |
Epagri-Sede. |
Data corrente: |
14/12/2016 |
Data da última atualização: |
14/12/2016 |
Tipo da produção científica: |
Artigo em Anais de Congresso / Nota Técnica |
Autoria: |
SUPLICY, F. M. |
Título: |
Realidade, oportunidades e entraves confrontados pela maricultura brasileira. |
Ano de publicação: |
2016 |
Fonte/Imprenta: |
Revista da ABCC, Natal, RN, v. 18, n. 2, p. 92-97, 2016. |
Idioma: |
Português |
Conteúdo: |
Embora a aquicultura marinha esteja presente em maior ou menor grau em muitos estados costeiros do Brasil há mais de vinte anos, até a presente data a maricultura brasileira ainda não realizou seu potencial e toda a produção é proveniente apenas de pequenos produtores em com baixo nível de incorporação tecnológica e capacidade organizacional. Exceto pela presença de poucas empresas catarinenses, no Brasil a maricultura ainda é considerada como uma atividade de subsistência.
Os principais produtos da maricultura brasileira são os moluscos como mexilhões (Perna perna) ostras (Crassostrea gigas, C. rhizophorae e C. gasar) e vieiras (Nodipecten nodosus). O desenvolvimento da malacocultura, como também é conhecida esta atividade, não é uniforme ao longo da costa brasileira e é altamente dependente da capacidade institucional das universidades e agências estaduais para promover e apoiar ativamente esta atividade.
O Brasil tem uma longa curva de aprendizagem a percorrer na substituição dos métodos rudimentares e informais de produção. Modernizações e atualizações tecnológicas, automatizações, métodos menos intensivos em mão de obra braçal e de maior escala, como ocorreu na agricultura brasileira e na maricultura de outros países, são fundamentais para alavancar o setor. Tanto na produção de mexilhões, principal produto da maricultura, como na produção de ostras, as técnicas de cultivo são artesanais e rudimentares com baixos índices de produtividade.
A piscicultura marinha é ainda incipiente, com apenas cinco pequenas fazendas produzindo bijupirá (Rachycentrum canadum) na costa sudeste, com uma produção que não supera as 200 toneladas anuais. Embora iniciativas empresariais de cultivo já tenham sido realizadas em Pernambuco e São Paulo, a inexistência de ração específica para esta espécie tem sido um dos grandes limitadores de sua expansão. Adicionalmente, aspectos sanitários ainda não estão bem controlados no cultivo de bijupirá, com graves infestações de ectoparasitas helmintos Neobenedenia sp. associadas a infestações secundárias por dinoflagelados Amyloodinium sp., que levam a grandes mortalidades nos cultivos.
Além dos aspectos técnicos, a dificuldade de acesso aos recursos naturais tem sido um dos grandes entraves para a maricultura brasileira. Apesar dos esforços do governo federal para facilitar a concessão de áreas da União para a maricultura, na maior parte dos estados é praticamente impossível a obtenção de licenças ambientais, e esta dificuldade está geralmente relacionada ao desconhecimento desta atividade e à falta de capacidade institucional e humana nos órgãos estaduais de meio ambiente.
Embora a maricultura ainda seja muito limitada no Brasil, nosso país possui uma série de características que o posicionam entre as nações com maior potencial para desenvolvimento deste setor.
No tocante ao poder público, a aquicultura brasileira carece de uma boa governança do setor. O desafio da governança da aquicultura é o de assegurar que medidas corretas sejam implementadas para garantir a sustentabilidade ambiental, sem destruir a iniciativa empresarial e a harmonia social. Sem uma governança eficaz, haverá má distribuição de recursos e estagnação, e isso afeta qualquer negócio, seja da aquicultura ou qualquer outro segmento.
Apesar dos diversos entraves enfrentados pela maricultura, existem oportunidades interessantes para empreendedores dispostos a enfrentar os riscos e superar os entraves das turbulentas águas da maricultura brasileira. Seja na malacocultura ou na piscicultura marinha, até o momento ainda não surgiu no Brasil uma iniciativa empreendedora extremamente bem planejada, considerando todos os aspectos necessários para a obtenção do sucesso. MenosEmbora a aquicultura marinha esteja presente em maior ou menor grau em muitos estados costeiros do Brasil há mais de vinte anos, até a presente data a maricultura brasileira ainda não realizou seu potencial e toda a produção é proveniente apenas de pequenos produtores em com baixo nível de incorporação tecnológica e capacidade organizacional. Exceto pela presença de poucas empresas catarinenses, no Brasil a maricultura ainda é considerada como uma atividade de subsistência.
Os principais produtos da maricultura brasileira são os moluscos como mexilhões (Perna perna) ostras (Crassostrea gigas, C. rhizophorae e C. gasar) e vieiras (Nodipecten nodosus). O desenvolvimento da malacocultura, como também é conhecida esta atividade, não é uniforme ao longo da costa brasileira e é altamente dependente da capacidade institucional das universidades e agências estaduais para promover e apoiar ativamente esta atividade.
O Brasil tem uma longa curva de aprendizagem a percorrer na substituição dos métodos rudimentares e informais de produção. Modernizações e atualizações tecnológicas, automatizações, métodos menos intensivos em mão de obra braçal e de maior escala, como ocorreu na agricultura brasileira e na maricultura de outros países, são fundamentais para alavancar o setor. Tanto na produção de mexilhões, principal produto da maricultura, como na produção de ostras, as técnicas de cultivo são artesanais e rudimentares com baixos índices de produtividade.
A piscicultura marinha é ainda... Mostrar Tudo |
Palavras-Chave: |
indústria; investimentos; maricultura. |
Categoria do assunto: |
E Economia e Indústria Agrícola |
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Marc: |
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6. | | MOREIRA, A.N.; HAJI, F.N.P.; COSTA, N.D.da; CARVALHO, J.F.de; OLIVEIRA, J.V.de; HAJI, A.T.; LIMA, M.P. L.de. Avaliacao de produtos no controle de tripes na cultura da cebola. Pesticidas: Revista de Ecotoxicologia e Meio Ambiente, Curitiba, v.12, p.79-86, jan./dez. 2002.Biblioteca(s): Epagri-Sede. |
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