04346naa a2200145 a 450000100080000000500110000800800410001910000110006024500540007126000090012552038660013465300160400065300240401677301600404010853942012-06-05 2012 bl uuuu u00u1 u #d1 aEpagri aTécnicas de medição de vazão em Grandes Rios. c2012 aO método convencional de medição da vazão consiste em definir uma seção transversal do curso d?água e medir a velocidade e a profundidade da água em várias verticais. A vazão é calculada com base na equação de continuidade, pelo produto da velocidade média pela área de cada segmento. A velocidade média é obtida com o uso do molinete hidrométrico, medindo-se a velocidade da água em diversos pontos de uma seção transversal do rio. Nos rios com largura inferior a 250 metros pode-se esticar um cabo ao longo da seção de medição para o posicionamento e estabilização da embarcação, e com o barco preso ao cabo fazer as medições de velocidade, profundidade e distância das margens. Essa técnica é amplamente conhecida e usada no Brasil e em outros países. No entanto, em rios com largura superior a 250 metros, como alguns rios da Bacia Amazônica, não é possível de se empregar essa técnica de posicionamento da embarcação. Para estas condições o extinto Departamento Nacional e Águas e Energia Elétrica (DNAEE) juntamente com as empresas do setor de hidrometria/hidrologia que fazem o monitoramento da Bacia Amazônica, desenvolveram dois métodos de medição, denominadas de Método dos Grandes Rios (Barco não Ancorado) e Método do Barco Ancorado. Nesses métodos as distâncias horizontais da embarcação em relação às margens são determinadas com apoio de teodolitos, sextantes, ou por Sistema DGPS - Sistema de Posicionamento Global Diferencial. Para o cálculo da posição do barco durante a medição utilizando teodolitos ou sextantes é necessária a triangulação da seção em cada vertical de medição. Atualmente a tecnologia Doppler vem sendo aplicada para medir vazão em cursos d?água e já existem no mercado alguns equipamentos comercializados para essa finalidade. Estes equipamentos apresentam vantagens pela possibilidade de integrar dados do sistema DGPS para obter o posicionamento da embarcação durante a medição. Este trabalho teve como objetivo descrever os Métodos do Barco Ancorado e o Método Grande Rios, apresentar os cálculos e resultados da medição realizada na estação Manacapuru, no rio Solimões. Também foram apresentados e discutidos os resultados da medição efetuadas com os equipamentos Doppler, para o equipamento RDI (Rio Grande 600 kHz) e SonTek (M9). A seção de medição de Manacapuru apresentou largura de 3196 metros e profundidade máxima de 42 metros. No Método do Barco Ancorado foram realizadas medidas de velocidade em 21 verticais, tomando-se as velocidades nas profundidades de um metro e posteriormente em múltiplos de cinco metros. Com o Método Grandes Rios foram realizados medidas de velocidade em 31 verticais medindo-se a velocidade nas profundidades correspondentes a 20 % e 80 % da profundidade total. Este método é mais rápido e seguro quanto aos aspectos operacionais do que barco ancorado. Por isso, é possível utilizar um maior número de verticais na medição, o que define melhor a área da seção, diferentemente do Método Barco Ancorado, que pela dificuldade de ancorar o barco, utilizam-se menos verticais, pois existem maiores riscos operacionais. Os medidores acústicos apresentam uma grande inovação nas técnicas de medição de vazão em grandes rios. Com o desenvolvimento das tecnologias e dos softwares para processamento dos dados e pesquisas sendo efetuadas espera-se que em breve se adotem estes técnicas para o monitoramento de vazão em grandes rios. Um dos fatores mais importantes para o bom levantamento de dados de vazão é o conhecimento das técnicas de medição pelas equipes de hidrometria, e a disponibilidade de instrumentação adequada (certificada e calibrada, quando necessário), podendo assim, definir a melhor técnica a ser aplicada numa determinada situação o fluxo. aHidrometria aMedição de vazão tIn: CONGRESO NACIONAL, 12. LATINOAMERICANO DE AGRIMENSURA, 8., 2012, Vila Carlos Paz, AR. [Anais...]. Cordoba, AR: Colégio de Agrimensores, 2012. p. 1-34.