06022naa a2200157 a 450000100080000000500110000800800410001910000110006024501310007126000090020252054460021165300190565765300250567665300210570177301420572210785572011-07-21 2002 bl uuuu u00u1 u #d1 aEpagri aAlterações no teor de carbono orgânico em função do sistema de cultivo e suas implicações na compressibilidade do solo. c2002 aO sistema de plantio direto permite um acúmulo de material orgânico sobre e na camada superficial do solo (Machado e Brum, 1978; Amado et al., 2001). As quantidades de material vegetal adicionado na superfície e de matéria orgânica acumulada no solo são dependentes do sistema de culturas adotado (Bayer et al., 2000; Amado et al., 2001). Aqueles sistemas que incluem culturas com alta produção de matéria seca e com baixa relação C/N, em geral, resultam em maiores acúmulos de matéria orgânica no solo. De maneira geral, observa-se que os maiores teores de matéria orgânica em solos sob plantio direto estão associados a melhorias de suas condições físicas, químicas e biológicas, com reflexos na produção das culturas. Entretanto, ainda são poucos os relatos de efeitos do acúmulo de matéria orgânica nas propriedades mecânicas do solo. Oimplicações do acúmulo de matéria orgânica no solo sobre suas compressibilidade e elasticidade. Busca-se estabelecer relações entre o teor de carbono orgânico do solo e os índices de compressão e de elasticidade do mesmo. presente trabalho foi proposto com o objetivo de estudar possíveis Para atender tais objetivos, dois solos (Argissolo textura franco arenosa e Nitossolo Vermelho Distrófico) foram amostrados, buscando uma ampla variação no teor de matéria orgânica em cada um deles. A compressibilidade está sendo avaliada em dois tipos de amostras, tomadas nos dois sítios descritos acima. Inicialmente, a compressibilidade está sendo determinada em amostras indeformadas, coletadas em anéis metálicos (2 cm de altura e 5,4 cm de diâmetro). Numa segunda fase, a partir de material de solo seco e peneirado, obtido nos mesmos locais e parcelas das amostras indeformadas, e com base na curva de compactação do solo, serão construídas amostras com densidade similar à densidade média observada no campo. Essas amostras sem estrutura e com densidades semelhantes entre si e similares à observada no campo, porém com variação no teor de matéria orgânica, serão, então, submetidas à avaliação da compressibilidade. Para avaliar a compressibilidade, as amostras em anéis metálicos são submetidas ao ensaio de adensamento em uma prensa de compressão uniaxial, com aplicações seqüenciais de cargas estáticas de 12,5; 25, 50, 100, 200, 400, 800 e 1600 kPa, com tempo de carregamento de 5 minutos. Com base no deslocamento vertical, medido na prensa após a aplicação de cada uma das cargas, calcula-se os correspondentes índices de vazios e densidades da amostra de solo, com os quais são obtidas as curvas de compressão para, então, determinar o índice de compressão (Cc) de cada uma delas, conforme método de Casagrande (Holtz e Kovacs, 1981) e que corresponde à declividade da reta virgem (Figura 1). Para avaliar a elasticidade do solo, o carregamento, na prensa de compressão uniaxial, é feito em três etapas. Primeira, até a carga de 400 kPa, admitindose que essa carga seja maior que a pressão de pré-consolidação das amostras em estudo. Segunda, descarregamento seqüencial das cargas aplicadas. Findo o descarregamento, carregam-se todas as cargas até a carga máxima de 1600 kPa. Tanto nos carregamentos como nos descarregamentos, as leituras no extensômetro são feitas após 5 minutos de aplicação da carga. No presente trabalho, a elasticidade é expressa pelo índice de relaxação (Ir), calculado conforme descrito na Figura 1. O teor de carbono orgânico do solo foi determinado pelo método descrito em EMBRAPA (1979). Observou-se que o aumento do teor de carbono orgânico resultou em redução no índice de compressão do solo. Tal comportamento justifica-se pela capacidade da matéria orgânica em estabelecer ligações entre as partículas minerais, em função do seu elevado número de cargas superficiais e elevada área superficial específica. Outro aspecto é que o efeito do carbono orgânico é dependente da tensão de água no solo, sendo mais pronunciado (maior declividade da reta) nos solos com menor teor de água. Esse comportamento está relacionado ao fato de que a compressibilidade do solo é dependente do grau de saturação do solo (SILVA et al., 2000) e sua condutividade hidráulica. o incremento do teor de carbono orgânico é acompanhado de aumentos no índice de relaxação do solo, o que está relacionado ao fato do material orgânico tem uma grande capacidade de relaxação (Soane, 1990), em função de sua flexibilidade e elasticidade. O efeito da relaxação foi mais pronunciado nas amostras mais úmidas. Nesse caso, o teor de água no solo afeta o comportamento porque a relaxação do solo é devido à elasticidade do material e, também, ao aprisionamento de bolhas de ar no interior da amostra. Essas bolhas são comprimidas durante a aplicação da carga e, na descarga, se expandem. No solo mais úmido, a dificuldade para a expulsão do ar existente nos poros da amostra é maior, aumentando a probabilidade do confinamento de bolhas de ar. É possível, ainda, que quanto maior o teor de matéria orgânica do solo, maior a saturação do solo numa mesma tensão, uma vez que a matéria orgânica tem grande capacidade de reter água. Assim, o efeito produzido pela grande elasticidade do material orgânico é potencializado pela maior probabilidade de aprisionamento de bolhas de ar dentro da amostra enriquecida por estes materiais. aPlantio direto aPreparo convencional aResíduo vegetal tIn: REUNIÃO BRASILEIRA DE MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA, 14., 2002, Cuiabá, MT. Resumos... Cuiabá, MT: SBCS, 2002. p. 1-4.