03687nam a2200193 a 450000100080000000500110000800800410001910000110006024500990007126000520017030000100022249000510023250000190028352031150030265300240341765300230344165300170346465300120348110778042011-06-27 2009 bl uuuu u0uu1 u #d1 aEpagri aInfluência da cobertura plástica sobre as relações hídricas e trocas gasosas em vinhedos. aBento Gonçalves, RS: Embrapa Uva e Vinhoc2009 a10 p. a(Embrpa Uva e Vinho. Comunicado Técnico, 94). aISSN, 18086802 aA condição hídrica da videira é um importante fator para definição da qualidade enológica (CHONÉ,2001), uma vez que moderados déficits hídricos estão associados a altos conteúdos de tanino e antocianinasem uvas tintas (MATTHEWS et al., 1990; VANLEEUWEN; SEGUIN, 1990). Desta forma, regiões que apresentam menores precipitações ou déficits hídricos moderados têm a possibilidade de aumentar a concentração de compostos desejáveis, diminuindo o teor de água nas bagas.Na Serra Gaúcha ocorre uma tendência histórica ao excesso de chuvas no período de maturação, o que pode prejudicar a qualidade da uva em função da ocorrência de podridões ou pela necessidade de colheitas antecipadas (TONIETTO; FALCADE, 2003). Para amenizar estes efeitos indesejáveis das chuvas, principalmente no aspecto fitossanitário, alguns viticultores estão empregando a cobertura plástica sobre as fileiras de cultivo. Esta técnica vem sendo utilizada, principalmente, na produção de uvas destinadas ao consumo in natura, há um longo período no Brasil, sendo associada ao uso de irrigação na maioria das situações (SANTOS, 2005). Entretanto, sua utilização na produção de uvas para vinificação é bastante recente e incipiente, principalmente pela falta de informações técnicas sobre este tipo de cultivo. Alguns resultados, relacionados ao incremento de qualidade e produção vitícola pelo uso de cobertura plástica (CP), já são conhecidos (SANTOS, 2005). Contudo, a interferência da cobertura sobre a condição hídrica das videiras, até o presente momento, não tem sido bem elucidada e necessita de estudos, visando definir um manejo adequado da planta e da irrigação neste sistema de cultivo. A cobertura plástica pode alterar o microclima da videira, principalmente as temperaturas máximas, a disponibilidade de radiação solar e a presença de água livre sobre as folhas (CARDOSO et al., 2007; CHAVARRIA et al., 2007). Todavia, os reflexos desta alteração do microclima sobre a fisiologia da planta e, sobretudo, nas suas relações hídricas não são devidamente conhecidos. Paradoxalmente à hipótese de que a cobertura plástica tenha a capacidade de restringir a água e incrementar a qualidade enológica, existe a possibilidade desta tecnologia ser também uma ferramenta para o uso racional da água. Atualmente na agricultura, a disponibilidade de água tem gerado bastante discussão sobre a necessidade do emprego de técnicas agrícolas que reduzam a utilização ou aumentem a eficiência do uso da água (CHRISTOFIDIS, 2002). A cobertura, por diminuir a radiação solar incidente na cultura, poderia atuar neste sentido, reduzindo a taxa evaporativa e, conseqüentemente, a demanda hídrica pela cultura (BARRADAS et al., 2005). O objetivo do presente trabalho foi caracterizar as relações hídricas em vinhedo sob cobertura plástica, considerando-se em conjunto a disponibilidade e a distribuição de água no solo, a demanda evaporativa do microclima sob cobertura e as respostas foliares em termos de potencial da água e trocas gasosas. aCobertura plástica aRelação hídrica aTroca gasosa aVinhedo