03994naa a2200193 a 450000100080000000500110000800800410001910000250006024501000008526000090018552034250019465300280361965300110364765300110365865300100366965300240367965300240370377300730372710157912011-09-08 1991 bl uuuu u00u1 u #d1 aECHEVERRIA, L. C. R. aAvaliacao economica de tecnologias conservacionistas para pequenas propriedades diversificadas. c1991 aNo presente artigo avaliou-se a economia da substituição de técnicas de preparo do solo em uso por tecnologias conservacionistas, principalmente ligadas à cobertura do solo e rotação de culturas, aliadas a sistemas de produção recomendados pela pesquisa, extensão rural e assistência técnica. O modelo aqui estudado é característico de propriedades pequenas, com aproximadamente 20 ha., de topografia acidentada, baixo uso de insumos e pouca mecanização. O modelo foi denominado "milho-feijão oeste" e compreende as explorações de milho, feijão e soja (esta geralmente consorciada com milho). Os principais produtos desse sistema são suinos e/ou aves existido também a variante de produção de grãos. Abrange a maior parte das áreas das micoregiões homogêneas Colonial do Oeste Catarinense, Colonial do Rio do Peixe e Campos de Curitibanos ocupando uma área de aproximadamente 22,82% da área agricultável do Estado. A àrea destinada às culturas anuais é de 9 ha, sendo o sistema atual usa 6 ha de milho solteiro com produtividade média de 2.400 kg/ha, 1 ha de feijão solteiro com produtividade de 660 kg/ha e 3 ha de milho-soja consorciados com produtividades de 2.220 + 720 kg/ha, respectivamente. No sistema conservacionista os mesmos 9 ha são desdobrados em: 3ha de milho + esterco suinos com produtividade de 3.720 kg/ha, milho + adubação verde 3 ha com produtividade de 3.900 kg/ha, feijão + adubação verde 1 ha com produtividade de 1.080 kg/ha e milho + soja + adubação verde 2 ha com produtividade de 3.600 + 1.080 kg/ha, respectivamente. A diferença entre os dois sistemas está bàsicamente na cobertura do solo, nas práticas conservacionistas e no tipo de preparo do solo. No sistema atual o solo fica descoberto, na maior parte, no período de entressafra (inverno). A ausência de práticas conservacionistas, principalemente de cobertura do solo, favorece a desestruturação da camada arável reduzindo a infiltração da água e favorecendo o escorrimento superficial. No sistema conservacionista a tecnologia recomendada envolve práticas que visam ao aumento da produtividade e o controle do processo erosivo por meio da melhoria da cobertura do solo e da infiltração da água. O custo para se atingir as produtividades do sistema conservacionista, a partir do sistema atual, compreende a adoção de práticas conservacionista, o custo de adoção de outras práticas e insumos recomendados e o custo de investimentos novos. Estes investimentos são: rolo faca tração animal, distribuidor de esterco e de calcário. A análise de investimento "ex ante", realizada num período de palanejamento de 20 anos, baseou-se em valores incrementais: diferença entre o fluxo de caixa do sistema conservacionista e o fluxo de caixa do sistema atual. A taxa interna de retorno (TIR) mais alta obtida por atividade foi de 65,4% para a atividade milho + soja + adubação verde, enquanto para o sistema como um todo a TIR foi de 40,6 %. O que significa que para cada $1,00 investido no processo conservacionista o agricultor obtém retorno anual de $1,40. Concluiu-se que a adoção de tecnologias conservacionistas por pequenos agricultores, principalmente aquelas ligadas ao preparo e cobertura do solo, além de contribuir para o controle da erosão, tem altos retornos privados quando aliadas a um conjunto de práticas e à utilização de insumos recomendados. aConsorciacao de cultura aErosao aFeijao aMilho aPequena propriedade aSistema de producao tAgropecuaria Catarinense, Florianopolisgv. 4, n. 3, p. 29-32, 1991.