03331naa a2200169 a 450000100080000000500110000800800410001910000150006024501420007526000090021752028150022665300230304165300130306465300130307770000230309077300480311311264002017-08-02 2017 bl uuuu u00u1 u #d1 aARAUJO, L. aPossíveis explicações para o difícil manejo da mancha da Gala (mancha foliar de Glomerella) nos últimos anos.h[electronic resource] c2017 aAtualmente a mancha foliar de Glomerella (MFG; sinonímia mancha foliar da Gala) é considerada a principal doença de verão da macieira no Brasil. A doença se caracteriza por causar manchas necróticas nas folhas e pontuações deprimidas no frutos. Quando as folhas apresentam cerca de 30 a 35% de necrose ocorre severa desfolha da macieira, o que provoca fortes reduções na produtividade, devido a MFG. A pulverização com fungicidas é o método mais utilizado para o controle da MFG, embora nos anos de 2015 a 2017 muitos fruticultores tiveram grande dificuldade para manejar a doença, devido a várias características que serão discutidas a seguir. Adicionalmente tem-se notado em muitos pomares a perda de eficiência dos fungicidas dos grupos químicos, benzimidazóis, mancozeb e estrobirulinas. Muito provavelmente, esta ineficiência dos fungicidas é devido a seleção de populações resistentes de Colletotrichum spp. Muitos fruticultores não permutam os grupos químicos dos fungicidas, bem como utilizam doses acima do recomendado. Este manejo inadequado é desastroso, pois fruticultores vão selecionando ao longo do tempo, populações insensíveis do fungo que passam a predominar nos pomares. Como consequência, fruticultores acabam tendo que utilizar cada vez mais fungicidas para obter algum controle da MFG. Dados de pesquisa da Epagri demonstram a perda de eficiência de fungicidas para algumas populações de Colletotrichum spp. Estes resultados comprovam que existe um alto risco de se perder em poucos anos as poucas moléculas que ainda controlam a MFG, caso os fruticultores continuem utilizando altas doses de fungicidas e não rotacionando os grupos químicos. Por último é importante que mais técnicos e fruticultores se conscientizem sobre a importância da utilização da resistência constitutiva e induzida para o manejo da MFG. A resistência genética é sem dúvida uma das principais estratégias de manejo das doenças, embora não vem sendo adotada na cultura da macieira. A Epagri tem lançado diversas cultivares resistentes a MFG, a exemplo da Monalisa, Luiza, Venice, Daiane, Kinkas e Elenise, mas que não estão sendo adotadas. A utilização da indução de resistência deve ser mais uma ferramenta no manejo da MFG, pois estes produtos reduzem as epidemias das doenças, melhorando muitas vezes a eficiência dos fungicidas. No entanto, atualmente existem poucos indutores de resistência disponíveis para uso na cultura da macieira, a exemplo dos fosfitos de potássio e acidobenzolar-S-metil, devido principalmente à falta de demanda pelo setor pomícola. A partir do momento que existir maior procura pelos fruticultores por indutores, mais pesquisas serão realizadas e mais produtos serão disponibilizados para o manejo das doenças. aColletotrichum spp adoenças amacieira1 aPINTO, F. A. M. F. tJornal da Fruta, Lagesgn. 322, p. 4, 2017.