03632nam a2200193 a 450000100080000000500110000800800410001910000180006024501690007826000320024730000110027950000240029052029960031465300200331065300330333065300270336365300240339065300240341411258292016-12-13 2016 bl uuuu m 00u1 u #d1 aPORTES, V. M. aDESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA MOLECULAR PARA DETECÇÃO E TRIAGEM DE PATÓGENOS COM POTENCIAL ZOONÓTICO TRANSMITIDOS PELO LEITE BOVINO.h[electronic resource] aFlorianópolis: UFSC c2016 a146 p. a(Tese de Doutorado) aO leite se destaca como importante produto do agronegócio catarinense e brasileiro por sua importância econômica e social. A globalização do mercado promoveu investimentos em produtividade e qualidade composicional, mas ainda há negligência para com a biosseguridade do leite como alimento. Na rotina da cadeia láctea não existe uma metodologia para identificação e triagem rápida de patógenos de importância em saúde pública e, os métodos tradicionais são laboriosos, demorados e pouco eficientes. Dados epidemiológicos sobre a circulação de agentes zoonóticos em rebanhos leiteiros são escassos, bem como informações sobre ocorrência de doenças transmitidas por alimentos (DTAs). Neste contexto, desenvolvemos e avaliamos um método analítico via PCR multiplex para detecção simultânea de seis patógenos com potencial zoonótico, Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae, Brucella abortus, Listeria monocytogenes, Escherichia coli e Salmonella spp., em leite. O método compreende uma etapa de concentração da amostra, posterior enriquecimento em cultura por 8 horas/ 37ºC, seguido de tratamento térmico para extração do DNA e amplificação de genes espécie específicos. O limite de detecção analítica do método proposto foi 100 fg de DNA genômico purificado por reação e 100 CFU.mL-1 em leite contaminado, exceto para B. abortus (104 CFU.mL-1). A comparação do método desenvolvido com testes de referência para o diagnóstico de cada patógeno, em amostras de leite de tanques resfriadores, mostrou eficiência diagnóstica semelhante (p McNemar > 0,05) e concordância entre os testes, kappa de 0,81 a 1,00, para S. aureus, S. agalactiae e E. coli (p > 0,0001), kappa de 0,61 a 0,80 L. monocytogenes (p > 0,0001), kappa de 0,21 a 0,40 para B. abortus (p > 0,0001) e insignificante (kappa 0,00 a 0,20) para Salmonella spp., mostrando eficiência, rapidez e baixo custo do método proposto. A elevada ocorrência de S. aureus (86,3%) e S. agalactiae (39,2%) observada em leite de tanques (n = 102), pode ser o principal obstáculo para a não obtenção dos limites legais de qualidade do leite em muitas propriedades catarinenses. A identificação de L. monocytogenes em 11,8% das unidades de produção, alerta para o risco na saúde pública de uma enfermidade negligenciada. No levantamento epidemiológico de patógenos em vacas lactantes (n = 1077), realizado por metodologia de referência, S. aureus foi identificado como principal agente infeccioso com potencial zoonótico em circulação, enquanto que em 0,46% das vacas foram detectados anticorpos anti-brucelas lisas. Em conjunto, nossos resultados mostram que o método desenvolvido poderá ser uma importante ferramenta na detecção de infecções com potencial zoonótico em bovinos leiteiros e contribuir para a implementação de estratégias racionais de vigilância e controle de patógenos de interesse no agronegócio do leite e na saúde pública. aLeite do tanque aLevantamento epidemiológico aPatógenos zoonóticos aProdução leiteira aSegurança do leite