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Registro Completo |
Biblioteca(s): |
Epagri-Sede. |
Data corrente: |
19/10/2016 |
Data da última atualização: |
19/10/2016 |
Tipo da produção científica: |
Resumo em Anais de Congresso |
Autoria: |
MARSCHALEK, R.; ROZZETTO, D. S.; ANDRADE, A.; WICKERT, E. |
Título: |
AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE ARROZ IRRIGADO EM REGIÃO DE ELEVADA ALTITUDE, SUJEITA A BAIXAS TEMPERATURAS 2013/14 - 2014/15. |
Ano de publicação: |
2015 |
Fonte/Imprenta: |
In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ARROZ IRRIGADO, 9., 2015, Pelotas. Anais... Pelotas: SOSBAI, 2015. p. 116-119. |
Idioma: |
Português |
Conteúdo: |
Dois experimentos foram conduzidos durante as safras de 2013/14 e 2014/15 na propriedade do agricultor Antônio Carlos Contezini, na localidade de Rio Azul (Rio do Campo - SC), a uma altitude de 596 m (26°53?19,58??S; 50°11?47,08??N). Foi utilizado o delineamento de blocos aleatorizados com três repetições. Durante a safra de 2013/14 foram avaliados 28 genótipos sendo eles 24 linhagens pertencentes ao programa de melhoramento de arroz da Epagri e quatro cultivares (Epagri 106, Epagri 109, SCS 116 Satoru, SCS 118 Marques) utilizadas como testemunhas. Na safra 2014/15 foram avaliados 53 genótipos (50 linhagens e 3 cultivares como testemunhas), sendo elas Epagri 106, Epagri 109, SCS116 Satoru. A densidade de semeadura nos dois anos foi de 160 kg ha-1, sendo feita em parcelas de 2,0 x 2,5 m em 10/10/2013 e parcelas de 2,0 x 3,0 m em 8/10/2014, sob cultivo em sistema pré-germinado (área colhida na parcela foi de 1 m2). Como resultados observou-se que, na safra 13/14 e 14/15 a temperatura média durante o cultivo foi de 21,11o C (INMET) e 21º C (Estação Meteor. Portátil no experimento) respectivamente, sendo que em 19 dias houve temperaturas menores 17º C na fase reprodutiva (microsporogênse até antese) na safra 13/14, e 12 dias na safra 14/15. A análise de variância para o caráter produtividade de grãos avaliados para as safras 13/14 e 14/15 (Tabela 1), resultou em diferenças significativas entre os genótipos avaliados. Houve interação Genótipo x Ano, portanto, o comportamento dos genótipos não pode ser generalizado para diferentes anos. mbora nas regiões produtoras de arroz no Brasil não seja comum a ocorrência de temperaturas extremas, a tolerância ao frio tem sido considerada um dos objetivos para os programas de melhoramento. Isto se deve ao fato de que nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina anualmente ocorrem prejuízos devido à ocorrência do estresse nos estágios críticos da cultura. A principal limitação trazida pelo frio no Rio Grande do Sul se dá no período vegetativo devido à dificuldade de estabelecimento da cultura. Já em Santa Catarina o maior risco ocorre no período reprodutivo, especialmente em algumas regiões de maior altitude (MARSCHALEK et al., 2013). No período reprodutivo são observados os danos mais graves devido ao frio, com um grande número de espiguetas vazias, fato este que pode ser atribuído à má formação do grão de pólen (microsporogênese), o que inviabiliza o mesmo, e na antese, à não fertilização devido à indeiscência de anteras e/ou imaturidade de grãos de pólen (YOSHIDA, 1981; CRUZ e MILACH, 2000; ROZZETTO, 2015). Os sintomas mais evidentes de dano pelo frio nesta fase são má exposição das panículas, mancha nas espiguetas e principalmente esterilidade de grãos (SOUZA, 1990).Há uma dificuldade geral em se assegurar que a seleção para tolerância a frio esteja sendo de fato efetiva. Evidentemente, a ocorrência de dias e noites frias em nível de campo é um fator imprevisível, e quando ocorre, talvez não afete todos os genótipos testados de forma equivalente, dado a variação de ciclo dos mesmos. No entanto, os dados corroboram com os resultados obtidos em Itajaí, em cultivos de outono-inverno (avaliações qualitativas não mostradas). Além do mais, desenvolvendo-se a 596 m de altitude, os genótipos são expostos naturalmente à uma temperatura média menor do que no restante do Estado, o que de certa forma favorece a seleção de materiais adaptados àquela condição de altitude e clima. Na safra 2013/14 nove linhagens apresentaram produtividade superior a 8.200 kg ha-1, diferindo significativamente dos cultivares utilizados como testemunha, cuja média de produtividade foi de aproximadamente 7.444 kg ha-1. Da mesma forma, na safra 2014/15, 43 linhagens tiveram desempenho superior à média das testemunhas (6.060 e 4.733 kg ha-1 respectivamente), (Tabela 2). Entre os genótipos mais produtivos tanto em 2013/14 quanto em 2014/15 destacamos as linhagens SC817; SC681; SC686; SC759; SC702; SC584. Deve ser considerado que em anos anteriores as linhagens SC 817 (código SCH-06-1558-5), SC 681, SC 686; SC 702, SC 491 e SC 584 apresentaram comportamento promissor sob as mesmas condições (MARSCHALEK et al., 2011; 2013). Conclusão: os genótipos testados apresentaram comportamento diferenciado para adaptação ao sítio de altitude nas quais foram avaliados, indicando que existe variabilidade genética entre os mesmos também, provavelmente, para a tolerância a baixas temperaturas. A seleção de genótipos adaptados à regiões de elevada altitude em Santa Catarina demonstra consistência e coerência ao longo dos últimos. Há perspectivas para o lançamento de cultivares tolerantes a baixas temperaturas na fase reprodutiva. MenosDois experimentos foram conduzidos durante as safras de 2013/14 e 2014/15 na propriedade do agricultor Antônio Carlos Contezini, na localidade de Rio Azul (Rio do Campo - SC), a uma altitude de 596 m (26°53?19,58??S; 50°11?47,08??N). Foi utilizado o delineamento de blocos aleatorizados com três repetições. Durante a safra de 2013/14 foram avaliados 28 genótipos sendo eles 24 linhagens pertencentes ao programa de melhoramento de arroz da Epagri e quatro cultivares (Epagri 106, Epagri 109, SCS 116 Satoru, SCS 118 Marques) utilizadas como testemunhas. Na safra 2014/15 foram avaliados 53 genótipos (50 linhagens e 3 cultivares como testemunhas), sendo elas Epagri 106, Epagri 109, SCS116 Satoru. A densidade de semeadura nos dois anos foi de 160 kg ha-1, sendo feita em parcelas de 2,0 x 2,5 m em 10/10/2013 e parcelas de 2,0 x 3,0 m em 8/10/2014, sob cultivo em sistema pré-germinado (área colhida na parcela foi de 1 m2). Como resultados observou-se que, na safra 13/14 e 14/15 a temperatura média durante o cultivo foi de 21,11o C (INMET) e 21º C (Estação Meteor. Portátil no experimento) respectivamente, sendo que em 19 dias houve temperaturas menores 17º C na fase reprodutiva (microsporogênse até antese) na safra 13/14, e 12 dias na safra 14/15. A análise de variância para o caráter produtividade de grãos avaliados para as safras 13/14 e 14/15 (Tabela 1), resultou em diferenças significativas entre os genótipos avaliados. Houve interação Genótipo x Ano, portanto, o comportamento dos... Mostrar Tudo |
Palavras-Chave: |
estresse abiótico; frio; melhoramento genético; Oryza sativa; produtividade. |
Categoria do assunto: |
G Melhoramento Genético |
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Marc: |
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A densidade de semeadura nos dois anos foi de 160 kg ha-1, sendo feita em parcelas de 2,0 x 2,5 m em 10/10/2013 e parcelas de 2,0 x 3,0 m em 8/10/2014, sob cultivo em sistema pré-germinado (área colhida na parcela foi de 1 m2). Como resultados observou-se que, na safra 13/14 e 14/15 a temperatura média durante o cultivo foi de 21,11o C (INMET) e 21º C (Estação Meteor. Portátil no experimento) respectivamente, sendo que em 19 dias houve temperaturas menores 17º C na fase reprodutiva (microsporogênse até antese) na safra 13/14, e 12 dias na safra 14/15. A análise de variância para o caráter produtividade de grãos avaliados para as safras 13/14 e 14/15 (Tabela 1), resultou em diferenças significativas entre os genótipos avaliados. Houve interação Genótipo x Ano, portanto, o comportamento dos genótipos não pode ser generalizado para diferentes anos. mbora nas regiões produtoras de arroz no Brasil não seja comum a ocorrência de temperaturas extremas, a tolerância ao frio tem sido considerada um dos objetivos para os programas de melhoramento. Isto se deve ao fato de que nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina anualmente ocorrem prejuízos devido à ocorrência do estresse nos estágios críticos da cultura. A principal limitação trazida pelo frio no Rio Grande do Sul se dá no período vegetativo devido à dificuldade de estabelecimento da cultura. Já em Santa Catarina o maior risco ocorre no período reprodutivo, especialmente em algumas regiões de maior altitude (MARSCHALEK et al., 2013). No período reprodutivo são observados os danos mais graves devido ao frio, com um grande número de espiguetas vazias, fato este que pode ser atribuído à má formação do grão de pólen (microsporogênese), o que inviabiliza o mesmo, e na antese, à não fertilização devido à indeiscência de anteras e/ou imaturidade de grãos de pólen (YOSHIDA, 1981; CRUZ e MILACH, 2000; ROZZETTO, 2015). Os sintomas mais evidentes de dano pelo frio nesta fase são má exposição das panículas, mancha nas espiguetas e principalmente esterilidade de grãos (SOUZA, 1990).Há uma dificuldade geral em se assegurar que a seleção para tolerância a frio esteja sendo de fato efetiva. Evidentemente, a ocorrência de dias e noites frias em nível de campo é um fator imprevisível, e quando ocorre, talvez não afete todos os genótipos testados de forma equivalente, dado a variação de ciclo dos mesmos. No entanto, os dados corroboram com os resultados obtidos em Itajaí, em cultivos de outono-inverno (avaliações qualitativas não mostradas). Além do mais, desenvolvendo-se a 596 m de altitude, os genótipos são expostos naturalmente à uma temperatura média menor do que no restante do Estado, o que de certa forma favorece a seleção de materiais adaptados àquela condição de altitude e clima. Na safra 2013/14 nove linhagens apresentaram produtividade superior a 8.200 kg ha-1, diferindo significativamente dos cultivares utilizados como testemunha, cuja média de produtividade foi de aproximadamente 7.444 kg ha-1. Da mesma forma, na safra 2014/15, 43 linhagens tiveram desempenho superior à média das testemunhas (6.060 e 4.733 kg ha-1 respectivamente), (Tabela 2). Entre os genótipos mais produtivos tanto em 2013/14 quanto em 2014/15 destacamos as linhagens SC817; SC681; SC686; SC759; SC702; SC584. Deve ser considerado que em anos anteriores as linhagens SC 817 (código SCH-06-1558-5), SC 681, SC 686; SC 702, SC 491 e SC 584 apresentaram comportamento promissor sob as mesmas condições (MARSCHALEK et al., 2011; 2013). Conclusão: os genótipos testados apresentaram comportamento diferenciado para adaptação ao sítio de altitude nas quais foram avaliados, indicando que existe variabilidade genética entre os mesmos também, provavelmente, para a tolerância a baixas temperaturas. A seleção de genótipos adaptados à regiões de elevada altitude em Santa Catarina demonstra consistência e coerência ao longo dos últimos. Há perspectivas para o lançamento de cultivares tolerantes a baixas temperaturas na fase reprodutiva. 653 $aestresse abiótico 653 $afrio 653 $amelhoramento genético 653 $aOryza sativa 653 $aprodutividade 700 1 $aROZZETTO, D. S. 700 1 $aANDRADE, A. 700 1 $aWICKERT, E. 773 $tIn: CONGRESSO BRASILEIRO DE ARROZ IRRIGADO, 9., 2015, Pelotas. Anais... Pelotas: SOSBAI, 2015. p. 116-119.
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