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Registro Completo |
Biblioteca(s): |
Epagri-Sede. |
Data corrente: |
15/10/2014 |
Data da última atualização: |
15/10/2014 |
Tipo da produção científica: |
Artigo em Anais de Congresso / Nota Técnica |
Autoria: |
DOROW, R.; ULLER-GÓMEZ, C.; BAUER, E. |
Título: |
Um novo olhar voltado a agricultura tradicional. |
Ano de publicação: |
2014 |
Fonte/Imprenta: |
In: ENCONTRO DE ECONOMIA CATARINENSE, 8., 2014, Rio do Sul, SC. Resumos... Rio do Sul, SC: APEC, 2014. p. 96-97. |
ISBN: |
2175-7313 |
Idioma: |
Português |
Conteúdo: |
A roça de toco é um sistema agrícola tradicional, muito difundido nos trópicos, sendo praticada há milhares de anos nas áreas florestadas do planeta. É um componente central na propriedade e nos meios de subsistência das populações envolvidas, manifestando-se no Brasil principalmente nas áreas de mata atlântica, incluindo a Região da Grande Florianópolis em Santa Catarina. A partir de um estudo exploratório e baseado nos conceitos de cadeias curtas e racionalidade limitada, propomos uma rediscussão acerca desse sistema, como uma alternativa viável de geração de renda para a agricultura familiar. Os fatores chave da roça de toco ou sistema de corte e queima, estão centrados no corte da floresta, o cultivo da área e o pousio da terra, em que a floresta original se regenera e se desenvolve por períodos que podem ser superiores a 20 anos. A lenha resultante do corte da floresta pode ser utilizada para queima ou produção de carvão e a terra cultivada com espécies de ciclo anual ou bianual. Tem como característica ser uma agricultura itinerante, onde não se promove a definitiva conversão do uso da terra e do baixo uso de insumos (adubos químicos, herbicidas e inseticidas). Na região de estudo os principais produtos desse sistema são o aipim, a farinha de mandioca, a banana, a lenha e o carvão vegetal. Outros produtos como feijão, milho e batata doce são geralmente produzidos para o autoconsumo. Em que pese sua tradição secular, esse sistema jamais foi adequadamente compreendido e traduzido na forma de instituições formais, logo não apresenta amparo na lei ambiental. Na recente trajetória, a partir da promulgação do Código Florestal Brasileiro em 1964, o agricultor que não converteu seu modo de cultivo para sistemas intensivos de produção, sofreu os efeitos da crescente visão ambiental e preservacionista da sociedade nas décadas seguintes, onde o sistema tradicional sofreu criminalização e com isso houve o afastamento sistema oficial de extensão rural, tornando-o um agricultor familiar marginalizado. Esse complexo de ações do Estado propiciou não somente o declínio da roça de toco, mas também a exclusão do produtor rural familiar de oportunidades de aprendizado e crescimento profissional, o que ampliou sua racionalidade limitada, restringindo suas oportunidades de mercado. Como alternativa, passou a utilizar de mecanismos de proximidade e confiança para comercializar sua produção ?ilegal?, auferindo numa relação desigual, baixos rendimentos da produção obtida. Atualmente, com o avanço das pesquisas, observa-se que essa forma de produção carrega uma excelente simetria entre uso da terra e equilíbrio ambiental, propiciando a inovação de instituições e a partir dela, a perspectiva de regularização do sistema tradicional de produção agrícola. Ainda existem desafios a superar, mas há de se considerar que esse novo olhar permite trazer dignidade a uma parcela esquecida da população rural catarinense. MenosA roça de toco é um sistema agrícola tradicional, muito difundido nos trópicos, sendo praticada há milhares de anos nas áreas florestadas do planeta. É um componente central na propriedade e nos meios de subsistência das populações envolvidas, manifestando-se no Brasil principalmente nas áreas de mata atlântica, incluindo a Região da Grande Florianópolis em Santa Catarina. A partir de um estudo exploratório e baseado nos conceitos de cadeias curtas e racionalidade limitada, propomos uma rediscussão acerca desse sistema, como uma alternativa viável de geração de renda para a agricultura familiar. Os fatores chave da roça de toco ou sistema de corte e queima, estão centrados no corte da floresta, o cultivo da área e o pousio da terra, em que a floresta original se regenera e se desenvolve por períodos que podem ser superiores a 20 anos. A lenha resultante do corte da floresta pode ser utilizada para queima ou produção de carvão e a terra cultivada com espécies de ciclo anual ou bianual. Tem como característica ser uma agricultura itinerante, onde não se promove a definitiva conversão do uso da terra e do baixo uso de insumos (adubos químicos, herbicidas e inseticidas). Na região de estudo os principais produtos desse sistema são o aipim, a farinha de mandioca, a banana, a lenha e o carvão vegetal. Outros produtos como feijão, milho e batata doce são geralmente produzidos para o autoconsumo. Em que pese sua tradição secular, esse sistema jamais foi adequadamente compreendido e ... Mostrar Tudo |
Palavras-Chave: |
Agregação de valor; Mercado; Sustentabilidade. |
Categoria do assunto: |
B Sociologia Rural |
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Marc: |
LEADER 03605naa a2200193 a 4500 001 1121997 005 2014-10-15 008 2014 bl uuuu u00u1 u #d 022 $a2175-7313 100 1 $aDOROW, R. 245 $aUm novo olhar voltado a agricultura tradicional.$h[electronic resource] 260 $c2014 520 $aA roça de toco é um sistema agrícola tradicional, muito difundido nos trópicos, sendo praticada há milhares de anos nas áreas florestadas do planeta. É um componente central na propriedade e nos meios de subsistência das populações envolvidas, manifestando-se no Brasil principalmente nas áreas de mata atlântica, incluindo a Região da Grande Florianópolis em Santa Catarina. A partir de um estudo exploratório e baseado nos conceitos de cadeias curtas e racionalidade limitada, propomos uma rediscussão acerca desse sistema, como uma alternativa viável de geração de renda para a agricultura familiar. Os fatores chave da roça de toco ou sistema de corte e queima, estão centrados no corte da floresta, o cultivo da área e o pousio da terra, em que a floresta original se regenera e se desenvolve por períodos que podem ser superiores a 20 anos. A lenha resultante do corte da floresta pode ser utilizada para queima ou produção de carvão e a terra cultivada com espécies de ciclo anual ou bianual. Tem como característica ser uma agricultura itinerante, onde não se promove a definitiva conversão do uso da terra e do baixo uso de insumos (adubos químicos, herbicidas e inseticidas). Na região de estudo os principais produtos desse sistema são o aipim, a farinha de mandioca, a banana, a lenha e o carvão vegetal. Outros produtos como feijão, milho e batata doce são geralmente produzidos para o autoconsumo. Em que pese sua tradição secular, esse sistema jamais foi adequadamente compreendido e traduzido na forma de instituições formais, logo não apresenta amparo na lei ambiental. Na recente trajetória, a partir da promulgação do Código Florestal Brasileiro em 1964, o agricultor que não converteu seu modo de cultivo para sistemas intensivos de produção, sofreu os efeitos da crescente visão ambiental e preservacionista da sociedade nas décadas seguintes, onde o sistema tradicional sofreu criminalização e com isso houve o afastamento sistema oficial de extensão rural, tornando-o um agricultor familiar marginalizado. Esse complexo de ações do Estado propiciou não somente o declínio da roça de toco, mas também a exclusão do produtor rural familiar de oportunidades de aprendizado e crescimento profissional, o que ampliou sua racionalidade limitada, restringindo suas oportunidades de mercado. Como alternativa, passou a utilizar de mecanismos de proximidade e confiança para comercializar sua produção ?ilegal?, auferindo numa relação desigual, baixos rendimentos da produção obtida. Atualmente, com o avanço das pesquisas, observa-se que essa forma de produção carrega uma excelente simetria entre uso da terra e equilíbrio ambiental, propiciando a inovação de instituições e a partir dela, a perspectiva de regularização do sistema tradicional de produção agrícola. Ainda existem desafios a superar, mas há de se considerar que esse novo olhar permite trazer dignidade a uma parcela esquecida da população rural catarinense. 653 $aAgregação de valor 653 $aMercado 653 $aSustentabilidade 700 1 $aULLER-GÓMEZ, C. 700 1 $aBAUER, E. 773 $tIn: ENCONTRO DE ECONOMIA CATARINENSE, 8., 2014, Rio do Sul, SC. Resumos... Rio do Sul, SC: APEC, 2014. p. 96-97.
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24. | ![Imagem marcado/desmarcado](/consulta/web/img/desmarcado.png) | GOMEZ, C. U.; DOROW, R.; ELIAS, L. P.; GARTNER, C. Abordagens educativas, extensão rural e agricultura familiar em Biguaçu-SC. INTERthesis, Florianópolis, v. 10, n. 1, p. 287-321, 2013.Tipo: Artigo em Periódico Indexado | Circulação/Nível: Nacional - B |
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27. | ![Imagem marcado/desmarcado](/consulta/web/img/desmarcado.png) | ULLER-GÓMEZ, C.; DOROW, R.; STERN, I. L. Da reinterpretação de sistemas tradicionais de uso da terra a construção social de mercados com os agricultores familiares da roça de toco de Biguaçu, SC. In: ENCONTRO DA REDE DE ESTUDOS RURAIS, 6., 2014, Campinas, SP. Anais... Campinas, SP: Rede de Estudos Rurais, 2014.Tipo: Artigo em Anais de Congresso / Nota Técnica |
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29. | ![Imagem marcado/desmarcado](/consulta/web/img/desmarcado.png) | DOROW, R.; MACHADO, J. A. D.; ULLER-GÓMEZ, C. Caracterização e interações no aglomerado de malacocultura da grande Florianópolis, SC. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA RURAL - SOBER, 52., 2014, Goiânia, go. Anais... Goiânia, go: SOBER, 2014.Tipo: Artigo em Anais de Congresso / Nota Técnica |
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32. | ![Imagem marcado/desmarcado](/consulta/web/img/desmarcado.png) | SANTOS, A. A.; DOROW, R.; ARAUJO, L. A.; HAYASHI, L. Socioeconomic analysis of the seaweed Kappaphycus alvarezii and mollusks (Crassostrea gigas and Perna perna) farming in Santa Catarina State, Southern Brazil. Custos e @gronegócio on line, Pernambuco, v. 14, n. 3, p. 443-472, 2018.Tipo: Artigo em Periódico Indexado | Circulação/Nível: Nacional - B |
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33. | ![Imagem marcado/desmarcado](/consulta/web/img/desmarcado.png) | BAUER, E.; ELIAS, L. P.; ARAUJO, L. A.; TORESAN, L.; DOROW, R.; ULLER-GÓMEZ, C. A produção de carvão vegetal na agricultura familiar do sul do Brasil: o retrato de uma realidade socioambiental. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO, 2., 2014, Florianópolis, SC. Anais... Florianópolis, SC: UDESC, 2014.Tipo: Artigo em Anais de Congresso / Nota Técnica |
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35. | ![Imagem marcado/desmarcado](/consulta/web/img/desmarcado.png) | KROTH, L. T.; DOROW, R.; FELICIANO, A. M.; WARMELING, M.; COLLA JÚNIOR, G. Denominação de origem (DO) para sementes de arroz irrigado do Alto Vale do Itajaí (SC). In: WORKSHOP CATARINENSE DE INDICAÇÃO GEOGRÁFICA, 7., 2018, Corupá, SC. Anais... Joinville, SC: Univille, 2018.Tipo: Resumo em Anais de Congresso |
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36. | ![Imagem marcado/desmarcado](/consulta/web/img/desmarcado.png) | DOROW, R.; ULLER-GÓMEZ, C.; ARAUJO, L. A.; ELIAS, L. P.; BAUER, E. CONTRIBUIÇÕES DO DESIGN E MARKETING NA AGREGAÇÃO DE VALOR DE PRODUTOS DA AGRICULTURA DE CORTE E QUEIMA DE BIGUAÇU, EM SANTA CATARINA. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA RURAL, 53., 2015, João Pessoa, PB. Anais... João Pessoa, PB: Sober, 2015.Tipo: Artigo em Anais de Congresso / Nota Técnica |
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37. | ![Imagem marcado/desmarcado](/consulta/web/img/desmarcado.png) | BRAND, M. A.; CARLI, S.; DOROW, R.; ULLER-GOMEZ, C.; STERN, I.; NISGOSKI, S. BARBECUE CHARCOAL ANATOMY OF MARKETED BRANDS IN THE METROPOLITAN REGION OF FLORIANÓPOLIS, STATE OF SANTA CATARINA, BRAZIL. Floresta, Curitiba, v. 49, n. 3, p. 401-410, 2019.Tipo: Artigo em Periódico Indexado | Circulação/Nível: Nacional - B |
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38. | ![Imagem marcado/desmarcado](/consulta/web/img/desmarcado.png) | DOROW, R.; ULLER-GÓMEZ, C.; RECH, T. D.; FANTINI, A. C.; MACHADO, J. A. D. Da clandestinidade à regularização ambiental: a trajetória dos produtores de carvão no sistemaa de roça de toco, em Biguaçu, SC. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE SISTEMAS E PRODUÇÃO, 10., 2014, Foz do Iguaçu, PR. Anais... Foz do Iguaçu, PR: SBSP, 2014.Tipo: Artigo em Anais de Congresso / Nota Técnica |
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39. | ![Imagem marcado/desmarcado](/consulta/web/img/desmarcado.png) | SOUZA, M. C.; ULLER-GÓMEZ, C.; DOROW, R.; FANTINI, A. C.; BAUER, E. A COMERCIALIZAÇÃO DE CARVÃO VEGETAL EM BIGUAÇU, SC, NO ÂMBITO DA CADEIA CURTA ESPACIALMENTE ESTENDIDA. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE SISTEMAS E PRODUÇÃO, 10., 2014, Foz do Iguaçu, PR. Anais... Foz do Iguaçu, PR: SBSP, 2014.Tipo: Resumo em Anais de Congresso |
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